quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Votação do Ídolos


Vamos votar na nossa maravilhosa cantora Ana Paula Nogueira.

Acessa o link para votar:
http://entretenimento.r7.com/idolos-2012/votacao/

A empresa pode demitir um cipeiro e não pagar a indenização?

De acordo com o item 5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Acontece que, em situações excepcionais, o cipeiro pode sim, ser dispensado sem o direito à estabilidade. 
 
 
Veja o vídeo abaixo:
 
 
 
 

Turma enquadra coleta de lixo como atividade de risco

  A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento de que a atividade de coleta de lixo em vias públicas e feita com a utilização de caminhões, enquadra-se na classificação de atividade de risco.

Com o reconhecimento da responsabilidade objetiva da empresa Proposta Engenharia de Edificações Ltda. por dano causado a um gari, o Colegiado confirmou a condenação ao pagamento de 150 salários mínimos, por danos moral e estético, oriunda do Tribunal Regional de Campinas (15ª).

O ministro Renato Lacerda de Paiva, relator dos autos, destacou que a teoria da responsabilidade objetiva pelo risco criado tem aplicação na atividade desenvolvida pela empresa atuante no ramo de limpeza urbana e, teve sua origem, na necessidade de responsabilizar o empregador pelas doenças profissionais adquiridas e pelos acidentes sofridos por seus empregados no exercício regular da atividade laboral. Isso, segundo o ministro, em razão da natural dificuldade daqueles em comprovar a culpa do patrão.

A teoria, também denominada de teoria do risco da atividade econômica, encontra-se consagrada pelo art. 2º da CLT, cujo texto expressa que é empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Na decisão proferida pela Segunda Turma, ressaltou-se que a profissão de coletor de lixo é atividade de risco por expor o trabalhador a maior probabilidade de sinistro, como ocorreu no caso examinado, em que o empregado se acidentou ao saltar do caminhão. No acidente, o coletor de lixo sofreu lesão ligamentar do joelho esquerdo, com tratamento cirúrgico e sequelas que lhe causaram incapacidade para o trabalho e consequente aposentadoria por invalidez em 2003.

O julgamento deu-se de forma unânime, com ressalva de fundamentação do ministro Caputo Bastos.

RR-46300-91.2005.5.15.0037


Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/noticia.asp?idnoticia=96026

Turma condena empresa que registrou na CTPS que a reintegração ocorreu por determinação judicial


A conduta da empresa de registrar na carteira de trabalho que a reintegração da empregada se deu por determinação judicial, fazendo constar, inclusive, o número do processo, caracteriza abuso no cumprimento da decisão e extrapola os limites da boa fé. O ato viola, ainda, o patrimônio moral da trabalhadora, que se vê obrigada a obter nova CTPS, para não sofrer discriminação na busca por emprego. Assim se manifestou a 6ª Turma do TRT-MG, ao dar provimento ao recurso da reclamante e condenar a ex-empregadora ao pagamento de indenização por danos morais.

A juíza de 1º Grau indeferiu o pedido de indenização, por entender que não houve a prática de ato ilícito, por parte da empresa, já que a anotação feita na CTPS refere-se apenas ao historio do contrato que existiu entre as partes. Mas o desembargador Rogério Valle Ferreira interpretou os fatos de outra forma. Segundo esclareceu o relator, o parágrafo 4º do artigo 29 da CLT proíbe ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS.

Conforme destacou o magistrado, não há na legislação proibição específica quanto ao registro da reintegração no campo das informações gerais da CTPS. Até porque esse dado, por si só, não constitui informação desabonadora da conduta do empregado. No entanto, é fato público e notório que a referência ao processo judicial expõe o trabalhador ao preconceito que existe contra aqueles que exercem seu direito constitucional de ação. E, na visão do desembargador, não há dúvida de que o empregado, nessa condição, é discriminado na conquista de novo posto no mercado de trabalho.

A CTPS registra toda a vida profissional do trabalhador, motivo pelo qual a anotação em questão implica em graves consequências de ordem social, moral e econômica para a vítima, de forma a configurar ato ilícito, previsto no artigo 186 do Código Civil, frisou o relator. O TST já vem firmando entendimento de que esse procedimento adotado pela ré caracteriza ato abusivo e causam dano moral, uma vez que a rejeição das empresas a candidatos a vaga de emprego nessa situação é inegável. Nesse contexto, o desembargador condenou a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$5.000,00, sendo acompanhado pela Turma julgadora.

( 0000400-61.2012.5.03.0009 RO )


Fonte: http://www.jurisway.org.br/v2/noticia.asp?idnoticia=96301

Como conciliar trabalho e familia???

Os compromissos profissionais de uma agenda lotada, em determinados períodos, dificilmente deixam muito tempo livre para passar com a família. Felizmente, diversas estratégias podem ajudá-lo a lidar com o conflito entre o salário e a família.


Para tanto, siga as orientações abaixo:


• Estabeleça limites. Encontre o ponto de equilíbrio entre a vida profissional e a familiar. Não gaste muito tempo junto à família falando sobre as atividades do trabalho e não perca tempo durante o expediente tentando resolver problemas familiares. Separe os dois ambientes;

• Abra tempo. Procure sempre incorporar em sua agenda tempo para passar com a família e respeite esses pontos quando for agendar compromissos de trabalho. Se você estiver viajando à serviço, utilize os tempos vagos para conversar com familiares por telefone;

• Altere os horários de trabalho. Se você trabalha a noite, tente mudar o seu expediente para o diurno, para que você possa estar reunido com a família a noite. Se for o caso, procure um novo emprego com um horário de trabalho melhor;

• Delegue atividades. Se você conduz o seu próprio negócio, ou ocupa um cargo de gerência, aprenda a delegar tarefas para ganhar tempo. Para saber mais sobre isso leia nosso artigo sobre exercer a liderança sabendo delegar;

• Reduza as horas de trabalho. Se for financeiramente viável e possível para você, considere a redução do número de horas de trabalho. Caso você e seu cônjuge trabalhem, explore a possibilidade de um de vocês reduzir o expediente para passar mais tempo com os filhos.

Artigo enviado via e-mail por Maylan - Autor desconhecido.
 
Portal Gestão de Pessoas

Liderança

Autor: Heverton Soares

A liderança tem um papel muito importante no desenvolvimento das organizações e de seus colaboradores. Muito se fala sobre liderança, muito se ouve e no fim das contas pouco de sabe, pouco se conhece e pouco se pratica.

Entende-se que, há um apagão de lideres hoje, todo líder é chefe, mas, nem todo chefe é líder. Isso faz as empresas optarem por terem líderes ao invés de chefes em cargos de gestão. Esse processo de liderança busca resultados e fazer com que as coisas aconteçam dentro das empresas.

Existem muitos mitos relacionados à liderança, o mais citado deles é líder nato, ou seja, alguém que nasceu líder, muito se discute até os dias de hoje entre nascer líder ou não. A liderança na verdade é um processo de aprendizagem, todos nós nascemos sim, com qualidades, habilidades e competências. Este processo se resume em conhecer melhor a si mesmo, desenvolver, aperfeiçoar e praticar.

A liderança é um processo de aprendizado contínuo onde os líderes necessitam a todo o momento inovarem, buscarem novos recursos e ferramentas para trazerem resultados. Observe o processo de motivação dentro das organizações, os gestores estão constantemente aplicando treinamentos e feedbacks.
 
O líder começa a se destacar entre os demais colaboradores pela exposição de suas qualidades mais ativas, que todo líder possui que são: Percepção e comunicação, a capacidade de percepção de um líder é vista quase como um dom, é através dela que ele começa agir e criar estratégias e corrigir algo que não está dando resultados. A comunicação se relaciona em como o líder se expressa e influência seus liderados.
 

Blog: http://lidercoachgestao.blogspot.com.br/   e Portal Gestão de Pessoas

Saiba o que fazer quando anúncio pede currículo com pretensão salarial

Muita gente que está procurando emprego fica sem saber o que fazer quando encontra um anúncio de uma empresa que pede envio do currículo com pretensão salarial os profissionais não sabem o que fazer. A principal dúvida dos candidatos é se eles devem chutar um valor baixo para não perder a oportunidade ou se aproveitam a chance para aumentar o salário que recebem atualmente.Para os especialistas ouvidos pelo G1, não existe uma fórmula infalível. Segundo eles, os candidatos devem fazer uma pesquisa de mercado para saber qual é a média salarial da função e colocar cerca de 20% a mais do que o salário atual na pretensão. “Os profissionais querem ganhar um pouco mais para compensar o risco da troca de empresa e esse percentual está dentro da média praticada pelo mercado”, diz Roberto Picino, diretor da Page Personnel.“É importante se basear no mercado, pesquisar informações das principais posições e também, quando possível, consultar algum colega em cargo semelhante”, afirma Fabio Porto d’Ave, especialista em recrutamento da Robert Half.Segundo Andreza Santana, gerente de marketing sênior do Monster Brasil, os brasileiros ainda não estão acostumados a falar sobre salários e algumas companhias também não colocam essa informação na descrição da vaga. “As pessoas evitam tocar neste assunto. Em outros países, como nos Estados Unidos, comentar sobre o salário é super comum. As empresas que vêm quebrando esse paradigma e divulgam o valor economizam tempo e conseguem atrair candidatos com o perfil procurado”.Pretensão serve como filtro.Pedir a pretensão salarial é uma forma que as empresas utilizam para filtrar quais profissionais serão chamados para a entrevista. “Essa prática é praxe em 100% das empresas. E depois disso existe uma avaliação para ver quem pode trazer o melhor resultado por menos. Mas, quando o profissional se adequa ao perfil e pede um salário maior do que ela pode pagar, as companhias podem oferecer outros benefícios como plano de carreira”, comenta Picino.O salário deve refletir a trajetória, a experiência e as competências do profissional. Por isso, mandar uma pretensão salarial baixa não é garantia para conseguir a vaga. “Não adianta colocar um valor menor e depois tentar aumentar durante a entrevista. Quando a pretensão é colocada no currículo, de forma escrita, é mais difícil negociar depois”, ressalta Picino.Por outro lado, colocar um salário um pouco acima do praticado pelo mercado também não é sinônimo de exclusão do processo seletivo. Segundo os especialistas, profissionais com mais tempo de experiência, sólida formação acadêmica e que tenham obtido resultados relevantes na carreira podem justificar o salário requisitado.
 “O profissional deve mostrar porque sua pretensão salarial é aquela e a melhor forma de fazer isso é apresentar resultados. O salário é como se fosse um endosso da experiência e da trajetória daquela pessoa”, explica Andreza.
Mínimo
Para facilitar a seleção e atrair apenas candidatos que tenham o perfil da empresa, Cristiane Ribeiro Alves, analista de recrutamento e seleção da Amor aos Pedaços, pede para os candidatos enviarem os currículos com o último salário e a pretensão salarial. “Essa prática ajuda muito no processo seletivo, porque todos os profissionais tem um mínimo aceitável para trabalhar em qualquer função. A famosa frase ‘a combinar’ não é legal.”Segundo Cristiane, a empresa já possui uma faixa salarial para cada cargo e mesmo que o salário oferecido seja maior do que a pretensão do candidato, o valor não é reajustado. E quem pede um pouco acima do que é praticado pelo mercado tem que mostrar quais são os seus diferenciais.Além de facilitar o processo de seleção, a pretensão salarial ajuda a empresa a contratar profissionais com o perfil desejado e evita que muitos deixem o trabalho porque estão insatisfeitos com o salário. “Não queremos contratar uma pessoa que fique aqui apenas por três meses, porque na primeira proposta que o funcionário receber ele acaba indo embora e nós temos que fazer todo o processo novamente”, relata a analista de recrutamento.
Primeiro contato
Para quem está procurando emprego e começou a enviar currículos não é preciso enviar a pretensão salarial. “O candidato não precisa falar sobre salário enquanto não for questionado”, lembra Andreza.No primeiro contato, os especialistas aconselham os candidatos a não colocar nenhum dado sobre salário para não restringir as possibilidades de concorrer às vagas. “Inicialmente, o profissional deve se preocupar em atender a expectativa da empresa. A questão salarial deve ser tratada em um segundo momento”, indica Porto d’Ave.Quando a pretensão for perguntada, por e-mail ou durante uma entrevista, o candidato pode falar quanto desejar ganhar, baseado em sua trajetória e resultados. “Eles não devem se expor demais nessa fase tão preliminar. Quando o recrutador entrar nessa discussão, ele pode dizer o valor ou afirmar que aceita negociar”, destaca Picino.Segundo Andreza, os profissionais devem aproveitar o momento para buscar boas oportunidades. “Pela primeira vez no Brasil os candidatos estão no controle por conta dessa guerra de talentos por causa da baixa qualificação e da alta demanda de contratação das empresas. É hora de negociar, mas é preciso provar suas qualificações e não querer tirar vantagem da empresa."

DIREITO DO TRABALHO: Todo Cidadão Merece Conhecer


1 – Qual o prazo que o empregador tem para efetuar o pagamento de salário ao empregado?

O pagamento em moeda corrente, mediante recibo, deverá ser feito até o 5º dia útil do período subseqüente ao vencido. É permitido o pagamento por cheque ou depósito bancário a alfabetizados, desde que o horário do banco permita ao trabalhador movimentar a sua conta, devendo a empresa pagar as despesas de condução, se o banco não estiver próximo.

2 – O que é Convenção Coletiva de Trabalho?

Consoante ao artigo 611 da CLT, a Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos da categoria econômica e profissional estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, as relações individuais do trabalho.

3 – É possível desistir após ter dado o Aviso prévio ao Empregado?

Existe tal possibilidade, pois a rescisão se torna efetiva somente depois de expirado o respectivo prazo. Mas se a parte notificante reconsiderar o ato antes de seu término, a outra parte pode aceitar ou não a reconsideração e , caso aceite, o contrato continuará vigorando como se não tivesse havido o aviso prévio.

4 – Quantas vezes o empregado pode faltar ao serviço sem perder o direito as férias?

Após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito as férias, na seguinte proporção, conforme a CLT:

I – 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais que 5 vezes;
II – 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;
III – 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;
IV – 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.

5 – Qual o prazo para o empregador devolver ao emprego, a carteira de trabalho, que tomou para anotações?

O empregador tem o prazo improrrogável, de 48 horas para fazer as anotações necessárias e devolver a CTPS. Esse prazo começa a ser contado a partir do momento da entrega da carteira, que deve ser devolvida mediante recibo do empregado.

Esse Artigo foi escrito por Leandro, administrador do portal iTrabalhistas

Fonte: Portal Gestão de Pessoas

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ACEITAR CRÍTICAS TAMBÉM É IMPORTANTE


Ninguém gosta de ser criticado, mas as críticas muitas vezes podem fazer muito bem para você, para sua profissão, para seu negócio...enfim - aceitar críticas deve fazer parte de nossa vida. 
No entanto, vamos falar aqui sobre as críticas e a profissão de Técnico em Segurança do Trabalho.
As possíveis críticas podem ser sobre:

  • Sua forma de abordagem;
  • Didática em treinamentos;
  • Material de treinamento;
  • Formatação de apresentações;
  • Maneira de se portar em público;
  • Postura durante os treinamentos;
  • Falta de conhecimento; 
  • Arrogância;
  • Dicção;
  • Erros grosseiros de português;
  • Etc.

Como podemos ver, a lista é grande e pode ser maior ainda. 
Em nossa profissão é possível evitar certas críticas se nos prepararmos para nossas atividades mais comuns.
  • Você pode, por exemplo, ler um bom livro sobre como falar em público. Leia esse texto: Falando em público - perca o medo!
  • Obedeça algumas regras na hora de fazer uma abordagem, tais como: Cumprimente a pessoa; se apresente; seja gentil; aponte os pontos positivos; tente fazer com que a pessoa perceba seu erro;
  • Se o curso não te deu preparo suficiente, faça algum curso específico para instrutor de treinamento;
  • Depois de fazer uma apresentação, peça a opinião dos colegas (se for possível);
  • Treine as apresentações em frente ao espelho; apresente antes para a sua família (eu já fiz isso);
  • Outra forma de melhorar suas apresentações é gravar e assistir depois para possíveis correções;
  • Esteja atualizado e procure saber o máximo sobre as legislações e procedimentos da empresa;
  • Se você tem dificuldades com a língua portuguesa, peça ajuda sempre que escrever algo que será lido por outras pessoas (email, relatórios, apresentações, etc);Veja esse link "Porque é importante ler o email antes de enviar.
  • Quanto à arrogância sugiro que leia: "A arrogância é o caminho mais curto para o fracasso."

Uma coisa é certa - sempre haverá alguém para nos criticar, mas quanto mais preparados estivermos, menos críticas receberemos!
Como citei no início do texto, ninguém gosta de ser criticado, mas se elas vierem, pegue aquilo que pode lhe ajudar e esqueça o resto.

E você? Já foi criticado e tirou proveito da crítica? Quebrou o pau porque foi criticado?
Deixe seu comentário!

Resiliência: competência essencial no ambiente organizacional


Autor: Caio Lauer

Existem pessoas que, quando colocadas em situações de pressão ou estresse, sabem que não podem perder o controle das emoções. Nestes casos, buscam saídas como respirar fundo e lavar o rosto no banheiro. Estes recursos são exemplos simples para ilustrar a resiliência, pois um dos fatores que compõe esta competência é a tolerância. Do mesmo modo que, intuitivamente, alguns desenvolvem estes pontos de equilíbrio, estudiosos criaram técnicas para este intuito.

A resiliência é uma competência influenciada pelo estilo de vida do indivíduo. Quanto mais ganhamos consciência sobre as próprias reações e comportamentos diante de situações de pressão e desafios, por exemplo, mais dominamos estas questões. Nas empresas, após um período longo de enxugamento no quadro de funcionários e aumento da competitividade, o ambiente de trabalho se tornou altamente estressante.  “A resiliência é a capacidade de uma empresa, um líder, uma equipe ou talento, promover as transformações necessárias para alcançar o seu propósito. Você é resiliente quando cresce nas mudanças, inova, se antecipa às situações e produz coerência estratégica para sua equipe e clientes. Sua influência como um ser resiliente precisa ter mais impacto proativo e orientado para o futuro”, explica Eduardo Carmello, palestrante especialista no tema.

Empreendedores e líderes vivem, por si só, sob demandas desafiadoras e cheias de pressão. Estes profissionais convivem em ambientes e atuam em situações de alto risco, onde conviver com crises é um fato normal. “Vivemos uma realidade onde crises econômicas e turbulências acontecem em períodos cada vez mais curtos. As empresas estão sendo desafiadas, e por consequência, os dirigentes destas organizações também. Estes profissionais precisam ter sangue frio e capacidade de enfrentar situações inusitadas, com desfechos, muitas vezes, negativos”, comenta Paulo Sabbag, professor da Fundação Getúlio Vargas. De acordo com o professor, para organizações mais estruturadas e com RHs mais completos, identificar profissionais com resiliência vem se tornando uma premissa.
Conceito de resiliência provém da Física

O que faz um prédio não sucumbir a um terremoto é a conjunção de força com flexibilidade, o que caracteriza a resiliência. Desde o século XVII se estuda os corpos elásticos por meio da Física, e a psicologia utilizou-se desta analogia para transpor ao universo empresarial o poder de profissionais, submetidos a condições extraordinárias (adversas ou desafiadoras), voltar a suas rotinas consideradas normais.

“Ser mentalmente flexível é necessário para lidar com novos problemas ou ações pouco estruturadas. Considero a resiliência como a competência mais importante desta primeira metade do século XXI”, aponta Sabbag.

10 dicas de como desenvolver a resiliência

Há 20 anos, o mercado corporativo exigia que as pessoas assumissem mais riscos. Hoje, fica o que se valoriza é conviver com estes desafios. Levantamos 10 dicas para desenvolver esta competência:

·         Procure, na medida do possível, protagonizar as situações;

·         Visualize o futuro próximo e antecipe tendências e acontecimentos;

·         Crie um significado para a sua realidade;

·         Procure conhecer a verdadeira dimensão do problema;

·         Separe quem você é do que você faz;

·         Procure desenvolver relacionamentos significativos;

·         Aprenda a enxergar as soluções;

·         Reconheça seus sentimentos e necessidades de seu corpo;

·         Tenha como parceiro constante a Criatividade e Inovação;

·         Cultive e valorize seu poder de escolha.

As características do profissional resiliente precisam ser “manifestadas” nos momentos de complexidade e mudança, não apenas nos momentos de conforto, estabilidade ou conveniência. “O ser resiliente é aquele que está saltando continuamente, renovando e transformando-se sempre. É uma pessoa impulsionada por um propósito maior, proativa e que constrói realidades”, completa Carmello.


Qualidade de vida é prioridade na mudança de emprego para outra região


Autor: Caio Lauer

Trânsito, violência e falta de tempo. O caos das grandes cidades faz com que muitos profissionais reflitam sobre sua permanência em empresas sitiadas nestas metrópoles, e sobre a qualidade de vida própria e da família.   
       
O estudo foi feito na Grande São Paulo, com mil pessoas de diversas regiões e faixa etária a partir de 16 anos de idade. De acordo com o levantamento, o principal motivo para a mudança seria a qualidade de vida, com 34% dos votos (item mais citado).

O profissional enxergou que a qualidade vida é prioritária para seu desempenho no trabalho. As próprias empresas investem nesta questão, desde qualidade na alimentação até a flexibilidade de horários. “Demorar uma hora e meia para chegar ao trabalho todos os dias é muito estressante. A segurança também é outro ponto, e o profissional reflete sobre o ambiente e a rotina que quer oferecer para seus filhos”, comenta Roselake Leiros, coach, palestrante especializada no comportamento humano e diretora da CrerSer Mais. No caso de mudança para um centro menor, a especialista recomenda que o profissional estude a cidade em questão e reflita sobre como seria sua vida e a de sua família na determinada situação. “A região pode ser considerada pacata, mas, às vezes, pode ser sossegada até demais para o ritmo de quem sempre morou em uma grande cidade”, ressalta.
Alguns fatores devem ser levados em consideração para quem vai mudar de cidade. É preciso pesquisar sobre a região onde vai residir, e verificar se dá condições para a instalação plena da família. Por ser uma decisão importante, deve haver bastante diálogo entre os envolvidos (esposa e filhos, por exemplo). “Dependendo do nível hierárquico do profissional, existe a possibilidade de uma negociação com a empresa contratante em relação à adaptação da família. Muitas organizações se preocupam com isto, e auxiliam o empregado nesta fase de adaptação, verificando escola para os filhos e até um novo emprego para a esposa” explica Claudia Carraro, coach de carreira.

A chance de trabalhar fora de um grande centro pode ser também uma ótima oportunidade profissional. Hoje, cidades menores conseguem oferecer boas opções profissionais, até por conta da crescente economia do país – o nível de maturidade das empresas aumentou bastante, e todas, independentemente da região que se instalam, buscam um mesmo padrão de qualidade.

Porém, uma simples proposta de aumento de salário pode não compensar. Receber um valor maior todo mês não significa satisfação no trabalho, pois o custo em uma cidade menor pode ser equivalente ou até maior do que em uma metrópole, caso o profissional tenha que alugar uma nova casa ou investir na compra de um novo imóvel, por exemplo.
Oportunidades de emprego para jovens profissionais

Aceitar uma mudança de emprego para uma polo menor pode ter relação com a idade do profissional. Os mais novos tendem a aceitar este tipo de convite com mais facilidade, pois não são tão enraizados com questões de família e a chance de arriscar é muito maior.

O estudo da APPM também considerou as pessoas que deixariam sua família para conquistar um emprego em outra cidade. O resultado é que 67% não sairiam de casa, enquanto 23% mudariam para outra cidade. A faixa etária das pessoas que trocariam de cidade e deixariam a família fica entre 16 a 24 anos de idade. “Tudo tem que ser colocado no papel, fazer uma balança dos prós e contras em relação a salário e desenvolvimento profissional”, pondera Claudia.

Ainda para a coach, quando o profissional é solteiro, também é necessário conhecer a cidade antes e sentir se será uma adaptação fácil. “Às vezes, o que é qualidade de vida para um, pode não ser para outro”, completa.



Ser especialista ou generalista? Eis a questão do profissional atual.


Hoje em dia todos sabem que o mundo dos negócios fica cada vez mais acirrado, a competitividade é total. Muitos estudantes e profissionais se perguntam: serei um administrador Especialista que entende muito, mas da sua área específica, ou serei um Generalista que entende de tudo um pouco em várias áreas. 

A bola da vez entre os administradores é o profissional generalista, embora o especialista continue sendo indispensável. Num mercado complexo e diversificado, o que ser então? Especialista ou generalista?

A resposta parece ser generalista com especialidade. Um profissional generalista é uma pessoa capaz de ser especialista em interagir com várias áreas, onde esse possui uma visão holística da sua organização e da sua profissão de um modo geral. Pode-se dizer que é aquele profissional “sapinho” que fica pulando de setor em setor onde possui conhecimento de cada um que ele passa, tem que ser um administrador/polivalente, ou seja, um multiprofissional. Mas ai surge uma pergunta quais as vantagens e desvantagens de ser um especialista ou um generalista? 

Uma das desvantagens em ser especialista é que as empresas precisão reduzir gastos e por esse motivo buscam pessoas que saibam de várias coisas para assim não precisarem contratar uma só para resolver aquele assunto, e se você entende se você mesmo pode desenvolver. A segunda desvantagem é que a especialidade que você escolheu pode ser apenas uma moda que, quando passar deixará você deslocado profissionalmente. As vantagens de ser um multiprofissional são ter mais facilidade para encontrar oportunidades de trabalho e a possibilidade de conseguir cargos gerenciais. 

O mercado demanda, cada vez mais, profissional com visão ampla do mundo e aptos a relacionar diversos elementos que envolvam pessoas, materiais, recursos disponíveis e competência técnica para realizar o objetivo proposto onde se conheça cada área da empresa cada setor que existe na empresa e que esteja sempre prestes a atuar nesse setor se for necessário. 

É preciso ser criativo, flexível, comunicativo, despojado de preconceitos e hábil negociador. Precisa também ter espírito crítico, saber ouvir mais do que falar, possuir raciocínio lógico aguçado, ter facilidade com números e ser dotado de elevado senso de justiça. São essas características fundamentais para uma pessoa generalista. Seja qual for sua escolha saiba que O mercado demanda, cada vez mais, profissional com visão ampla do mundo e aptos a relacionar diversos elementos que envolvam pessoas, materiais, recursos disponíveis e competência técnica para realizar o objetivo proposto, isso é o que o mercado precisa e exige, então caros leitores e administradores, se você quer estar à altura no mercado de trabalho.Seja um generalista, um administrador polivalente, o mercado exige isso de você é preciso se adaptar ou então a “onda” passara sobre sua cabeça e lhe afundará não deixe isso acontecer, mas sim, surfe nessa “onda”.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/ser-especialista-ou-generalista-eis-a-questao-do-profissional-atual/12158/    e Portal Gestão de Pessoas

Acidentes e mortes no trabalho aumentaram em 2011

Por CÁSSIA ALMEIDA



Foram 2.884 casos fatais com trabalhadores, 130 a mais do que em 2010


RIO – Aumentou o número de acidentes e mortes no trabalho no Brasil em 2011, de acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social, divulgado ontem pelo ministério. Foram mais 130 acidentes fatais no ano passado frente a 2010. Morreram trabalhando 2.884 pessoas contra 2.753 em 2010, uma alta de 4,7%. Restrito aos empregados com carteira assinada, o registro mostrou 711.164 acidentes, considerados os típicos (aqueles que acontecem durante o trabalho) e os de trajeto. Em 2010, houve 709.474.
— Apesar de ter aumentado o número de mortes, diminuiu o de consequências mais graves, como invalidez permanente — afirmou Cid Pimentel, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional.
Segundo Pimentel, a Previdência ainda está analisando os números para saber o motivo da alta. Nas contas do médico do trabalho Zuher Handar, consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o aumento do número de empregados com carteira assinada pode explicar essa alta. Os vínculos empregatícios subiram de 48,2 milhões em 2010 para 51,8 milhões. Assim, a taxa de mortalidade ficou praticamente estável de um ano para outro:
— O ideal é que diminuísse. Alguma alavanca está segurando a queda. É necessário uma política mais ousada, mais forte para quebrar essa alavanca.
Na construção civil, a elevação foi mais expressiva. Houve 59.808 acidentes, 6,9% superior aos 55.920 de 2010. Para Pimentel, a explicação inicial também é de aumento dos trabalhadores registrados:
— O salto na empregabilidade foi maior que os 6%.
Mais mulheres se acidentaram ou adoeceram no ano passado. Apesar de responderam por 29% dos acidentes, a alta em 2011 entre elas foi de 3% contra queda de 0,9% entre os homens.
Segundo Handar, as mulheres estão em setores onde há mais incidência de lesões por esforço repetitivo e transtornos mentais, doenças mais bem medidas pela Previdência nos últimos anos.

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Relembrar... ATO INSEGURO foi banido pelo MTE em 2009.



Postado por João Carlos Figueira 





domingo, 21 de outubro de 2012

Ferreiro desafia perigos do ofício na luta pela sobrevivência

Conhecida pela cidade que não dorme, Potengi reúne trabalhadores que lidam com o ferro numa rotina exaustiva
Potengi. Quem chegar pela madrugada na "cidade que não dorme", se depara com o tilintar dos ferros, no moldar das ferramentas em brasa. Foices, machados e roçadeiras tomam forma a cada batida. Potengi recebeu a fama que vem de décadas, por conta dos trabalhadores braçais, os ferreiros, que pouco dormem durante a vida para se dedicar a uma profissão árdua, mas compensadora para uma cidade com poucas opções de sobrevivência, além da agricultura e da atividade no serviço público municipal.

O início da atividade mantém um contato direto com o ferro que vai se amoldando à ação do fogo. Em seguida, é feita a fase de formação dos produtos e o uso de marteladas para destacar a forma do produto final fotos: elizângela santos

Para quem sempre conheceu o ditado de que "em casa de ferreiro o espeto é de pau", o dia adia, para não dizer o contrário, dos trabalhadores das mais de 30 oficinas, a maior parte delas na Vila Central, na saída da cidade, é o que garante a sobrevivência de mais de 60 famílias, em pleno sertão caririense. A cidade de pouco menos de 10 mil habitantes já se acostumou com a rotina. Os próprios ferreiros sonham com a conquista de um espaço, uma espécie de galpão, para não incomodar a vizinhança com o barulho das batidas no ferro em brasa. Mas, ainda é só um sonho.

Ganhos


A maioria dos trabalhadores ganha pouco mais de um salário. Pelo menos, é mais rentável do que a roça, que dá a metade do valor na diária. A rotina de trabalhar com a quentura envolve ter que acordar muito cedo e seguir no rojão até o meio-dia. O rendimento está na quantidade de peças produzidas. Quanto mais, melhor. O ganho vem da pequena porcentagem que cada ferramenta oferece. A falta de organização da categoria, mesmo com a existência da Associação dos Ferreiros de Potengi, leva a uma concorrência desestimulante para os trabalhadores. Resultado: todos resistem enquanto podem, já que não há outra saída mais rentável.

A terra dos ferreiros passou a ser uma referência. A atividade remonta o período medieval, no ritmo e forma de produção, no trato das peças na batida amparada pela bigorna. De um lado, o ferreiro molda e do outro há um auxiliar. A porcentagem de cada ferramenta é dividida para os dois. A maior parte fica com o ferreiro, o mestre. A marca de cada oficina são duas letras em cada produto, normalmente as primeiras do nome do proprietário, que fica com a maior parte do lucro. Uma das peças vendidas mais em conta é a foice. Em torno de R$ 8,00.

Abandono
As garantias trabalhistas se encontram tão distantes quanto as origens dessa profissão árdua, antiga e que tem gerado sequelas na vida desses homens. Alguns deles, seguidos pelos seus filhos, no mesmo ritmo da batida. "É um trabalho quase escravo", diz Antônio Galdino, que já dedicou 22 anos, dos 48 de vida, ao ofício. Ele é consciente do abandono em que vivem os oficineiros do ferro.

Adentram em taperas, algumas delas praticamente caindo sobre suas cabeças, e acendem o fogo de carvão. O consumo da madeira é o que ameaça a atividade. Eles temem a fiscalização de órgãos competentes.

Fiscalização
A ausência da fiscalização trabalhista para garantia de direitos mínimos reforça a tese de Antônio Galdino. "Se eu deixar esse trabalho hoje, amanhã não vou ter R$ 1,00", lamenta. A DRT no Ceará foi contatada para se manifestar sobre o problema, mas até o fechamento desta edição não havia retornado o contato.

Felipe Galdino, de 19 anos, há dois decidiu enveredar, contra a sua vontade mesmo, na profissão de ferreiro. É auxiliar do pai. A renda da família pode chegar em torno de R$ 1.100,00, na melhor das hipóteses de produção. No casebre de taipa em ruínas, a jurema em brasa esquenta o ferro. Enquanto os dois finalizam uma roçadeira numa área aberta, próxima ao quintal. Na sala da entrada da casa é dado o retoque final no esmeril. É a terceira função, a do esmerilador.

A venda acontece para estados do Nordeste, como o Maranhão, Piauí, no Ceará mesmo, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, interior de São Paulo. Pelo Brasil afora há ferramentas que passaram pelas mãos desses homens sujos de carvão, no amanhecer do dia. Uma garrafada de café forte está próxima de Genil Almino dos Santos, há 25 anos na lida do ferro. É para espantar o sono. Na mesma oficina, a mais antiga da cidade que traz a marca LL, trabalha o irmão, Cícero Laurino dos Santos.

De nove irmãos- ferreiros, restam os dois. Os outros foram em busca de uma atividade menos sofrida para sobreviver. São 40 peças produzidas, em jornadas que vão a mais de 10 horas por dia. O ganho pode atingir R$ 80,00. Não há atividade mais rentável na cidade.

Na época do inverno, a produção das ferramentas é dividida com a agricultura. Cícero também tem feito arte com o seu trabalho. Há poucos meses, um chinês fez encomendas de facas especiais e espadas de samurais. Ele se arriscou em fazer os modelos estilosos, num trabalho exaustivo mais compensador pelos seus resultados finais. "Temos que arriscar fazer um pouco de tudo", afirma.

Segurança no trabalho é negligenciada


Potengi. Para cada oficina, uma bigorna. É dessa forma que o presidente da Associação dos Ferreiros de Pontegi, Antônio Cruz da Silva, conhecido na cidade por Antônio de Agecílio, contabiliza esses postos de trabalho.

Foices são alguns dos produtos elaborados nas rudimentares oficinas de Potengi, reunindo boa parte da mão de obra masculina do município. Os artigos são finalizados após passados pelo esmeril, que faz o acabamento final das formas

Um levantamento vem sendo feito pela entidade para o desenvolvimento do histórico desses trabalhadores. No entanto, já se sabe que a iniciativa começa pelo trabalho de campo, com a pesquisa junto às oficinas.

O reflexo da desorganização da categoria se dá na prática. O presidente é um apicultor que entende um pouco mais de associativismo. Não há um ferreiro que se interesse em organizar a categoria. Eles sequer se lembram de quando houve uma reunião. "É uma classe desunida", diz Antônio de Agecílio.

Resultados
Aponta que há a necessidade de buscar direitos, mas poucos acreditam em resultados. Promessas já foram feitas aos montes em tempos de eleição, segundo Antônio Galdino. Desacreditado de alguma melhora, fala em abandonar a profissão. O filho, Felipe, cursou até o primeiro ano do ensino médio. "Foi por falta de opção que hoje estou aqui, mas pretendo ainda continuar os meus estudos" afirma o garoto, ao sonhar com uma nova realidade para os profissionais.

Nas mãos e olhos de Cícero, há marcas presentes em quase todos os ferreiros. São cicatrizes das queimaduras, que eles chamam das pequenas picadas de insetos. Antônio Galdino ficou alguns dias sem ter condições de trabalhar, com os olhos irritados. Enxerga pouco e tem dificuldade para escutar.

O problema de audição é comum entre eles, por conta do fino e constante barulho da batida do ferro. Problemas intestinais também se apresentam por causa da alta temperatura. A bigorna fica à altura da barriga. "É muito difícil, maltrata muito", diz Cícero Laurino.

O presidente da associação reconhece todas essas dificuldades. Os trabalhadores reclamam da falta de apoio do poder público. Mesmo com os riscos de acidentes de trabalho e possibilidades de ficarem com sequelas causadas pela função, com registros de casos até de pessoas com os dedos das mãos mutilados, os ferreiros não são muito simpáticos à ideia de usarem equipamentos de segurança. E justificam que a luva pode causar acidente maior, caso uma ferramenta escorregue da mão, a proteção dos ouvidos esquenta, as máscaras dificultam a respiração e poucos, mesmo trabalhando com o fogo e soldas, utilizam óculos de proteção.

Antônio de Agecílio acredita que a união da categoria pode mudar esse quadro. Ele afirma que pretende realizar uma reunião nos próximos dias, para debater melhorias para as condições de trabalho. Reconhece a importância dos ferreiros para Potengi, na geração de renda e movimento da economia.

Condições
"O que eles ganham fica aqui mesmo", afirma. Mas, também destaca que as condições não são tão boas para os donos das oficinas, que ficam com a maior parte do lucro. Há três anos está à frente da entidade e reconhece que os prédios estão caindo por cima dos oficineiros. Um deles afirma que as promessas de melhorias por parte dos donos das oficinas são constantes. "Não vem mesmo é nada. Estamos entregues e própria sorte", admite Galdino. Alguns ferreiros em atividade começaram ainda quando crianças ou adolescentes. Um deles é Rogério Custódio, com 22 anos. Há oito exerce a atividade. A profissão é herança de avô para pai e depois o neto. A escola ficou no esquecimento. Como também, mesmo diante da cultura e da referência social e econômica, ficaram esses homens do ferro e do fogo.

REPÓRTERELIZÂNGELA SANTOS 


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1194976#

Colaboração:  Professora Carla Hérica Linhares