terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Quais serão os benefícios da ginástica laboral?

Não é de hoje que muitas empresas praticam a Ginástica Laboral. A princípio, pode parecer um gasto a mais, porém é possível notar, em pouco tempo, os benefícios de se praticar ginástica laboral.
Recomenda-se, antes de adotar o processo da ginástica laboral, realizar um Laudo ergonômico para determinar aquelas atividades que podem levar um empregado a desenvolver algum tipo de doença osteomuscular. Também é importante frisar a necessidade de um trabalho amplo de divulgação dos benefícios, visando incentivar a participação dos empregados.
É interessante que seja contratado um profissional para estabelecer o programa mais adequado a ser praticado na empresa.
Vamos apresentar uma lista de benefícios que a ginástica laboral pode trazer para a empresa e empregados:
Para a empresa
  • Redução do índice de absenteísmo;
  • Maior proteção legal;
  • Aumento dos lucros;
  • Diminuição das doenças profissionais;
  • Aumento da produtividade;
  • Integração dos trabalhadores;
  • Melhoria no ambiente de trabalho;
Para o trabalhador
Fisiológicos
  • Prevenir as doenças osteomusculares;
  • Prevenir lesões;
  • Diminuir tensões generalizadas e relaxar;
  • Amenizar fadiga muscular e emocional;
  • Prevenir o estresse;
  • Melhorar a postura;
  • Melhora a condição da saúde geral;
Psicológicos
  • Reforçar a auto estima;
  • Aumento da capacidade de concentração no trabalho;
  • Conquista do momento destinado a ele;
  • Valorização do empregado (homem/profissional);
Sociais
  • Melhorar o relacionamento interpessoal;
  • Melhorar a comunicação interna;
  • Participação ativa nas palestras, debates e dinâmicas de grupo.
Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=849 e http://www.temseguranca.com

PPRA – um programa que já nasceu morto

Por: 
Darcy Mendes (762 Posts)
Técnico em Segurança do Trabalho e graduado em Gestão Ambiental, com especialização na área de Prevenção e Combate a Incêndios. Trabalho na área há 20 anos como profissional de SST com ênfase em palestras, treinamentos, confecção de PPRA e PPP, além das tarefas habituais da profissão.

Quem já leu a revisão da NR01, deve ter percebido que o PPRA será engolido pelo Documento Síntese proposto nesta nova NR – e assim, o PPRA – um programa que já nasceu morto, será enterrado de vez.

RECORDANDO
O PPRA se tornou obrigatório com a entrada em vigor da PORTARIA Nº 25, DE 29.12.94, DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DOU DE 30.12.94, REPUBLICADA NO DE 15.02.95.  
Foi uma correria para elaborar o tal programa que acabou se tornando apenas mais um documento para cumprir a legislação. Aliás, diga-se de passagem, isso continua até hoje. A grande verdade é que ninguém sabia ao certo por onde começar e assim, como de costume, surgiram alguns cursos para ensinar a elaborar um PPRA (muita gente ganhou dinheiro com isso). No final, a maioria das empresas preferiram pagar um “especialista” para fazer o tal documento que, depois de pronto ficava engavetado a espera de que algum dia um fiscal pudesse solicitá-lo.
O fato é que, vinte anos depois, o PPRA continua sendo apenas um documento para “cumprir  a legislação”.
O QUE MUDOU NAS EMPRESAS COM A CHEGADA DO PPRA
Conforme já comentei acima, com raras exceções, nada mudou. Apenas, passou a ser um  gasto a mais na contabilidade anual das empresas. Se as condições ambientais melhoraram, foi em virtude do próprio avanço das tecnologias e processos e não porque alguém escreveu no cronograma do PPRA. 
Vejam bem – não estou dizendo que o PPRA seja um programa ruim. De forma alguma! O Programa é bom, mas como tudo por aqui gira em torno de cumprir com a lei, o PPRA acabou sendo desvirtuado de seu objetivo primordial que é o de proteger a saúde do trabalhador, passando a ser apenas mais um documento que tenta provar que a empresa está preocupada com a saúde do trabalhador. Só para ilustrar, teve um perito que me pediu o PPRA do ano de 1983 (?) – ainda demoraria quase dez anos para o surgimento do PPRA. É ou não é um documento desacreditado?
O QUE PODERIA TER MUDADO COM A CHEGADA DO PPRA
Como a própria portaria cita -“O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores…“, este deveria realmente ter contribuído para a efetiva transformação dos ambientes de trabalho em um local mais saudável, eliminando ou, pelo menos reduzindo a níveis aceitáveis os agentes que afetam a nossa saúde.
Quando vemos a situação a que muitos trabalhadores ainda são forçados a trabalhar, percebemos o quanto o PPRA poderia ter ajudado se fosse aplicado corretamente e, principalmente, se fosse considerado como uma ferramenta de trabalho em prol da saúde dos trabalhadores. Porém, no que diz respeito ao não cumprimento da legislação, e isso inclui fazer um PPRA “meia boca”, grande parte dos trabalhadores estão empregados em pequenas empresas, onde as condições de trabalho são precárias em todos os sentidos. Sendo assim, em termos de prevenção das doenças relacionadas aos ambientes de trabalho, o PPRA poderia ter ajudado, mas como não temos fiscalização suficiente, não é dada a importância necessária para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
CONCLUSÃO
Não sabemos ao certo se o PPRA será eliminado com a chegada da nova NR01. De qualquer forma, isso já foi cogitado, porém o conteúdo do programa estaria embutido nas exigências da nova NR. Alguma coisa precisa ser feita para resgatar a importância desse programa, não como cumprimento da legislação, mas como ferramenta efetiva na melhoria das condições de trabalho.
Infelizmente, ainda vemos muitos PPRA que nem cumprem o que a NR9 estabelece. Já vi PPRA que tinha de tudo – riscos de acidentes, riscos ergonômicos, mapas de risco, descrição disto, descrição daquilo, mas o que realmente importa não tinha – avaliações ambientais e um cronograma de melhorias em função dos resultados obtidos. É o famoso “encher linguiça”! Escreve-se um monte de coisa que não tem a menor importância, para ter um PPRA robusto, mas sem efetividade alguma, quanto ao seu verdadeiro objetivo.
Eu sei que tem gente que acredita no PPRA e vai discordar de muita coisa que escrevi, mas volto a repetir – o propósito do PPRA é bom sim, desde que seja conduzido de forma responsável e tenha seu conteúdo cumprido em prol da melhoria das condições de trabalho.

Fonte: http://www.temseguranca.com

Empresas estão dispensadas de enviar mapas anuais de acidentes do trabalho e doenças ao MTE até 31 de janeiro

Por meio da Portaria MTE nº 2.018/2014, foram alterados alguns dispositivos da Norma Regulamentadora nº 4 (NR 4), aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978.

Dentre as alterações ora promovidas, destaca-se a que prevê que compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho.

Assim, em relação ao texto anteriormente vigente, a empresa, por meio dos seus profissionais dos SESMT, ficou dispensada da obrigatoriedade de encaminhar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) os citados mapas de avaliação anual, até o dia 31 de janeiro.

A referida portaria também concedeu o prazo de 4 anos para que os médicos do trabalho integrantes dos SESMT atendam aos requisitos de formação e registro profissional exigidos na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo Conselho Federal de Medicina, nos termos do subitem 4.4.1 da NR 4, com redação dada pela Portaria MTE nº 590/2014. Assim, até que tal prazo seja expirado, poderá atuar no SESMT o médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em medicina do trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em medicina.

(Portaria MTE nº 2.018/2014 - DOU 1 de 24.12.2014)

Fonte: Editorial IOB

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ceará tem mais duas mortes por dengue

O número de casos graves de dengue no Ceará continua crescendo e mais duas mortes foram confirmadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) em boletim divulgado na última sexta-feira (5). Ao todo, neste ano, o Estado já registrou 31 óbitos em decorrência da doença. O número, no entanto, é 47% menor em comparação a igual período do ano passado.

Apesar da redução dos casos em relação a 2013, o infectologista Anastácio Queiroz afirma que o número de óbitos é grande para uma doença que pode ser prevenida. Ele explica que, devido à grande parte da população já ter contraído o vírus, as chances de ter uma complicação com a doença é cada vez maior.

Neste ano, segundo boletim da Sesa, 214 casos graves de dengue foram confirmados, sendo 175 referentes a Dengue com Sinais de Alarme (DCSA) e 39 de Dengue Grave (DG). O número de casos graves é superior ao registrado em período semelhante no ano passado. De acordo com a secretaria, o aumento foi de 28% na comparação dos períodos de 2014 com 2013.

Ao longo de 2014, a secretaria contabilizou 12.689 casos da doença em 139 dos 184 municípios cearenses. Comparando o boletim do dia 5 com o último que havia sido divulgado pela Sesa, no dia 29 de agosto, houve um aumento de 467 casos. A faixa etária em que a doença mais predomina é a de 20 a 29 anos, com 22% do total de casos.

O infectologista lembra que a dengue é uma doença grave, podendo causar muitas complicações e ser confundida com outras enfermidades. Conforme o médico, em algumas situações o indivíduo vai a óbito sem o diagnóstico da doença. "No Serviço de Verificação de Óbito é recorrente diagnosticar a doença após a morte, pois não havia suspeita clínica", explica.

Em virtude desses óbitos e da gravidade da doença, Anastácio Queiroz também enfatiza a importância da prevenção. Hábitos como evitar acúmulo de água em pneus ou deixar a caixa d´água descoberta ainda são essenciais para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Vacina

Fortaleza é uma das cinco cidades brasileiras que participaram do estudo de desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. O medicamento tem eficácia de 60%, após três doses, contra os quatro sorotipos da doença.

De acordo com a farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do medicamento, a vacina apresentou uma redução de 80,3% no risco de hospitalização e eficácia contra a febre hemorrágica da dengue, forma mais grave da doença.

Ainda em fase de estudo, a vacina foi testada entre junho de 2011 e abril de 2013 em crianças e adolescentes de idade entre 9 e 16 anos. Além do Brasil, participaram dos testes países como México, Honduras, Colômbia e Porto Rico.

Apesar do avanço nos estudos, Anástacio Queiroz pondera em relação às vacinas que estão sendo desenvolvidas. Segundo o médico, a eficácia do medicamento ainda não é tão alta e pode fazer com que a população se descuide dos cuidados básicos para prevenir a doença. "O avanço é muito positivo, mas pode causar despreocupação das pessoas em relação aos cuidados", avalia.

Mais informações:

Secretaria de Saúde do Estado
Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. 3101.5123

Fonte: Diário do Nordeste e site Miséria

Licença do trabalho por uso de cocaína dispara em 5 anos no país

Pela primeira vez em 22 anos, o gerente em sistemas de informação Fernando (nome fictício), 36, está sem trabalhar. Ele era coordenador em uma empresa de energia até ser demitido há quatro meses por causa da dependência de álcool e cocaína.

Sua história reflete como o uso de álcool e drogas tem impactado cada vez mais a vida de trabalhadores brasileiros.

Dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mostram que, de 2009 a 2013, houve uma explosão no consumo de cocaína no país e dos índices de afastamento de trabalhadores, principalmente no Norte e Nordeste, devido ao problema.

O número de auxílios-doença por alcoolismo ou dependência química cresceu mais de 50% em nove Estados brasileiros e no Distrito Federal neste período.

Amapá, Pernambuco, Goiás, Paraíba, Distrito Federal, Pará, Ceará e Mato Grosso lideram o aumento dos pedidos de afastamento.

São casos por uso de álcool, cocaína e seus derivados, como crack e merla, e pela mistura de drogas.

Desde 2009, o afastamento pelo uso dos diferentes tipos de entorpecentes feitos com cocaína cresceu 84,6% no país (o levantamento não diferencia cocaína, crack e merla). Os auxílios por consumo de múltiplas drogas aumentaram 67,3%, e 19,6% devido ao consumo de álcool.

SÃO PAULO

Mais populoso, São Paulo é o Estado com o maior número de auxílios. Foram 42.649 no ano passado, o que representa um aumento de 17,9% em relação a 2009

Alagoas foi o único Estado a ter queda na concessão de auxílio. Segundo o INSS, o motivo foi a queda nos casos de depressão em decorrência do uso de drogas, que também dá direito ao benefício.

O auxílio-doença é concedido a trabalhadores segurados pelo INSS, que não perdem o emprego ao se ausentar. Para pedir o benefício, é preciso comprovar por meio de perícia médica a impossibilidade de exercer a função em razão do uso de drogas.

O valor recebido depende do salário e vai de R$ 724 a R$ 4.390,24. Uma vez que o benefício é dado, não há prazo máximo para o encerramento de sua utilização.

De 2009 até o mês passado, o governo federal já gastou mais de R$ 206 milhões com auxílios-doença para viciados em todo o país.

O INSS forneceu os dados, mas não quis comentá-los.

De acordo com o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor do Inpad (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas), o aumento maior do problema em Estados do Norte e Nordeste ocorreu porque uma rede de distribuição da droga se instalou nos últimos anos na região. "Não teve investimento em prevenção e, com o vácuo da política, quem prevaleceu foram pequenos traficantes."

PODER AQUISITIVO

Arthur Guerra, psiquiatra da USP e do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, afirma que o crescimento do uso de entorpecentes também é puxado pelo aumento do poder aquisitivo no Brasil.

"Quanto mais dinheiro a pessoa tem e quanto mais estressante o trabalho é, mais risco há de se usar a droga", afirma. Segundo ele, a cocaína é uma substância que, quando usada, não causa suspeita. "Se a pessoa bebe, fica meio mole. Com maconha, ri à toa. Com a cocaína, ele consegue ir ao trabalho e fazer algumas atividades."

Os especialistas dizem, no entanto, que os problemas de vício com álcool e drogas não têm uma única causa e se devem a históricos de cada indivíduo e ao contexto social.

Fonte: Folha.com e site Miséria.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Comunicado Caixa – Conectividade Social


Informamos que está disponível a nova versão para atualização do aplicativo SEFIP pelos usuários do sistema operacional Windows 8 e Windows 8.1.

Para os usuários dos demais sistemas operacionais e versões do Windows não há necessidade de atualização do aplicativo SEFIP.

Para atualizar o aplicativo SEFIP acessar o endereço www.caixa.gov.br, clicar na área de DOWNLOADS, em seguida selecionar a opção FGTS e clicar em “SEFIP/GRF”, arquivo SETUPSEFIPV8_4.EXE _29_08_2014.

Atenciosamente,

Caixa Econômica Federal


Fonte: Portal Gestão de Pessoas

Horas "in itinere" quando ocorrem e como se caracterizam

As horas “in itinere” são horas extras; porém não são aquelas prestadas no local de trabalho. Este tipo de hora extra se caracteriza no trajeto do empregado quando se desloca de sua residência ao trabalho e vice e versa.
Porém o principal é observar que não é sempre que ocorre a caracterização das horas “in itinere” ou  seja, não é caracterizada referida hora extra para todo e qualquer empregado todas as vezes que o mesmo se desloca até o local de trabalho.
Se o empregado utiliza seus meios próprios ou se o local onde  trabalha é servido de transporte público regular, estas horas extras referentes ao percurso são indevidas.
Já quando o empregador fornece o transporte porque não existe transporte na região para que o empregado consiga chegar ao trabalho ou voltar a sua residência, será caracterizado o tempo gasto pelo empregado do trajeto de ida e volta do trabalho como horas “in itinere”.
Foi instituído legalmente esse direito na Consolidação das Leis do Trabalho, quando o artigo 58, parágrafo 2º foi alterado pela lei 10.243 de de 19/06/2001. A edição da lei foi resultado de várias decisões dos tribunais trabalhistas e da Súmula 90 do Tribunal Superior do Trabalho que foi editada em 1978, sendo posteriormente alterada em 2005, incoporando diversas outras situações e esclarecendo quando são ou não devidas as horas “in itinere”.

Entendemos que da alteração da referida Súmula 90 do Tribunal Superior do Trabalho vale destacar que a mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere"; e que se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
Vale esclarecer também que não importa se o transporte  fornecido pelo empregador é gratuito ou pago de forma parcial pelo empregado para o reconhecimento do direito às horas “in itinere”.
Muitos empregadores desconhecem também que a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho entende que por aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial Transitória nº 36 da SBDI-1 o tempo despendido pelo empregado entre a portaria da empresa e o efetivo local de trabalho como horas “in itinere”, por caracterizar tempo à disposição do empregador.
Assim, o empregador deve observar as situações acima apontadas para evitar condenações a este título, caso venha a ser discutido em juízo o direito do empregado em receber hora “in itinere”.

Por: Luciano Marchetto Silva 

domingo, 24 de agosto de 2014

Crise de abastecimento gera esforço coletivo de gestores

Açude São Domingos, em Caririaçu, abastece várias comunidades, mas está secando (Foto: Elizângela Santos)
Juazeiro do Norte. As condições de abastecimento de água em municípios do Cariri são críticas e a situação só tem se agravado. Algumas cidades já convivem com o racionamento de água e têm comunidades abastecidas por carros-pipa, a exemplo de Santana do Cariri e Caririaçu. A preocupação é quanto à escassez de água, como acontece na cidade de Tarrafas. É um dos municípios abastecidos pelo açude Canoas, que também fornece água para as cidades de Assaré a Altaneira. Se há a preocupação pela baixa nos reservatórios, que não acumularam água suficiente este ano, os secretários de Agricultura de várias cidades da região buscam alternativas para o homem do campo e convivência com quadro de estiagem, que deverá se intensificar nos próximos meses.

As alternativas de melhores condições foram debatidas recentemente entre os secretários de Agricultura de Municípios como Altaneira, Santana do Cariri, Tarrafas e Antonina do Norte. A discussão será ampliada na região com líderes governamentais e representantes de entidades. Uma reunião será realizada em Santana do Cariri no próximo dia 16 de setembro.
Agricultor José Pereira da Silva, em Santana do Cariri, observa um poço profundo instalado, mas sem funcionamento devido à falta de máquina que faça o bombeamento da água para cima. População continua desabastecida (Foto: Elizângela Santos)

Reivindicações como a criação de um Fundo Estadual para o Desenvolvimento das Secretarias de Agricultura foi um dos pontos destacados pelos secretários além do apoio mais efetivos aos eventos voltados para a agropecuária nos municípios.

Mesmo com todas as necessidades apontadas pelos secretários na área agrícola, o maior problema reside na falta de água para algumas cidades, que necessitam de maior número de carros-pipa para comunidades mais distantes. É o caso de Santana do Cariri, que se encontra, conforme avaliação da Secretaria de Agricultura local, à beira de um colapso. O secretário, Joaquim Major, afirma que atualmente localidades do município estão sendo abastecidas pelos caminhões e o número dos que realizam o transporte para o abastecimento se tornou insuficiente para atender à demanda.

Insuficiente
São oito caminhões trabalhando na zona rural de Santana. Ele destaca que a sua grande preocupação não está voltada apenas para os poços que atendiam as comunidades e que estão praticamente secos. A questão é que essas localidades ainda estão podendo contar com o abastecimento dos caminhões, que não têm sido suficientes para chegar a todas as comunidades.

"A nossa maior preocupação está sendo onde ir buscar água se essa estiagem se prolongar por mais um ano. Estamos precisando de mais recursos e carros-pipa da Defesa Civil, para poder matar a sede do homem do campo, não só em Santana do Cariri, mas em toda a região do Cariri Oeste", afirma o secretário, ao fazer uma breve avaliação do estado de escassez e as poucas previsões relacionados a um bom inverno este ano.

A iminência de colapso no abastecimento em Santana do Cariri foi constatada por meio de uma grande perda de vazão nas nascentes. "O sertão era abastecido pelos pequenos açudes que já estão secos, a pouca água que tem está contaminada, as cacimbas e poços profundos também já secaram", diz. Em Antonina do Norte, o secretário de Agricultura, Antonio Dias de Andrade, destaca a sua grande preocupação, quanto à falta maior investimento na agricultura familiar e na pecuária, que são os dois carros-chefes do homem do campo. Ele acrescenta que a situação em relação ao sistema de abastecimento de água em Antonina do Norte é preocupante porque a barragem que abastece boa parte do município, está praticamente seca e a população está sendo obrigada a ter que comprar água que vem das nascentes para consumir, e a tendência é que para o consumo animal haja maior dificuldade.

Contaminada
Para Joaquim Major, os problemas abordados pelos secretários estão sendo comuns em todos os municípios da região. "Esperamos que as reivindicações dos municípios sejam atendidas e venham realmente mudar o perfil de nossa agricultura. A realidade de nossas secretarias é a falta condições de trabalho" ressalta. Ela ainda diz que a pouca água que tem está contaminada e as cacimbas e poços profundos também já secaram.

O secretário de Agricultura do município de Tarrafas, Antonio Dias, aponta que hoje já há uma enorme preocupação com a escassez de água, porque as reservas hídricas estão começando a secar. O açude Canoas, que fica em Assaré, é responsável pelo abastecimento d água da região da Ribeira dos Bastiões. Este ano, o acúmulo de água não foi suficiente para garantir o abastecimento de toda esta área. A produção de alimentos foi pequena e com esta situação os agricultores afirmam que poderão chegar a estaca zero. Segundo o prefeito de Assaré, Samuel Freire, a situação é muito preocupante, porque o açude da localidade não chegou a acumular 10% da sua capacidade.

Reservatórios
Uma realidade prevista e que ano após ano tem se agravado. Os níveis de água nos reservatórios da Bacia do Salgado atingem níveis críticos e há cidades em que as condições são extremamente difíceis em relação ao abastecimento de água. As alternativas de racionamento têm sido saída, com a diminuição no consumo de até 50%, como tem ocorrido na cidade de Caririaçu que há mais de um ano, passa por sério racionamento e comunidades estão sendo abastecidas com carros-pipa.

As cidades maiores utilizam as águas subterrâneas, algo que deixa o Cariri em situação mais confortável em relação outros centros urbanos do Estado do Ceará. Pelo menos é o que admite o gerente regional da Cagece, Marcelo Gutierres.

A cidade de Juazeiro do Norte, a mais populosa da região, é abastecida por 47 poços profundos. Bairros como a Betolândia. Aeroporto e São José ainda vivenciam o problema da falta d´água. Ele admite que pelo menos essa realidade pode ser contornada, com projetos aprovados e a liberação dos recursos para a abertura desses poços.

Mesmo com uma extrema dificuldade de recursos para abrir novos poços, há cerca 20 deles, de grande profundidade, de até 500 metros, destinados ao Nordeste, desde o ano passado, por meio de projetos do Governo Federal. Mas poucas localidades no Estado tiveram condições de receberem esse benefício, já que em 85% do Ceará se torna praticamente impermeável, com as rochas cristalinas.

ENQUETE
O que mais reivindicam?
"A nossa maior preocupação está sendo onde ir buscar água se essa estiagem se prolongar por mais um ano. Estamos precisando de mais recursos e carros-pipas da Defesa Civil, para poder matar a sede do homem"
Joaquim Major
Secretário de Agricultura

"Precisamos de adutoras. A situação em relação ao sistema de abastecimento de água em Antonina do Norte é preocupante, porque a barragem que abastece boa parte do município, está praticamente seca"
Antônio Dias de Andrade
Secretário de Agricultura

Mais informações:
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
Rua Coronel Secundo, 255
Bairro: Centro
Município: Crato/CE
Tel: (88) 3523-6302
Fax: (88) 3523-6302
Elizângela Santos
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste  e site Miséria

Seca no Ceará é a pior dos últimos 55 anos e atinge 96% do estado

FORTALEZA (CE) - O Ceará passa pela pior seca dos últimos 55 anos. Dos 184 municípios que compõem o estado, 96% decretaram situação de emergência, ou seja, 176 cidades. Nestes lugares onde a chuva não chega e os mananciais estão à beira de um colapso, a água para beber é difícil e, muitas vezes, vem de carro-pipa, porém a qualidade do líquido distribuído para o consumo é desconhecida pela população.

Este ano, os resultados referentes a potabilidade da água presente nos 1.101 carros-pipa, que atendem a 122 municípios no estado, não constam no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), do Ministério da Saúde. Segundo a pasta ministerial, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), responsável pelo controle, não enviou os dados de 2013 e 2014.

Apesar de o Relatório Sobre Vigilância da Qualidade da Água ter sido amplamente divulgado em 2013 pela Sesa, a assessoria de comunicação do órgão informa que a responsabilidade por este monitoramento é da 10ª Região Militar e o estudo de 2013 estava com o órgão do exército.

FALTA LAUDO E MONITORAMENTO
Os dados do documento foram utilizados para elaboração do relatório final de 2013, da Comissão Especial da Assembleia Legislativa (AL-CE), que acompanha a Problemática da Seca e as Perspectivas de Chuva no Ceará. Segundo o estudo, das 128 localidades que recebiam água de carro-pipa, apenas 28 tinham veículos cadastrados no SISAGUA e coletavam amostras para a vigilância da qualidade da água.

Em consulta ao coordenador da Operação Carro-Pipa no Ceará, o Coronel Claudemir Rangel dos Santos, sobre os dados atualizados deste monitoramento, diz que ao exército cabe a distribuição da água e a cobrança do laudo de potabilidade dos mananciais aos municípios atendidos. Ele nega que este tipo de estudo seja de responsabilidade da 10ª Região Militar.

- O Exército não tem condições e nem aparatos técnicos para fazer esta análise, nossa função é a distribuição, assim como determina a portaria interministerial do Ministério da Integração e do Ministério da Defesa - esclarece.
Moradores de Quixadá são reféns do uso de carros-pipa; qualidade da água não é garantida (Foto: Marília Camelo)

Segundo o coordenador da operação no Ceará, foi pedido a Sesa que indicasse uma equipe da Vigilância Sanitária para acompanhar o processo de contratação dos pipeiros e verificasse se o carro a ser contratado atendia ou não os termos da Vigilância Sanitária, mas ainda não há resposta.

- Enviamos um ofício, mas não nos responderam. Nosso objetivo era ter uma equipe da vigilância, cada vez que os carros-pipa fossem sorteados para trabalhar na operação - acrescenta o Coronel.

Sobre o cadastro dos carros no SISAGUA, Rangel afirma que, em 2013, ocorreram mudanças no sistema de contratação dos pipeiros, e este passou a ser um credenciamento por inelegibilidade de licitação, em que, trimestralmente, os contratos são renovados.

Por conta desta rotatividade, Rangel diz que foi pedido a Sesa a senha para acessar o SISAGUA para que, desta forma, o Exército pudesse realizar diretamente o cadastro dos pipeiros. Porém, de acordo com o Coronel, esta foi negada, e fichas foram distribuídas para serem preenchidas manualmente e posteriormente entregues à Secretaria da Saúde.

Ainda segundo Rangel, 1.048 cadastros estão sendo feitos e devem ser entregues em alguns dias. Este quantitativo é somente dos carros sobre responsabilidade do Exército Brasileiro, outros outros 54 são da gestão estadual.

- Em relação ao cadastramento dos carros-pipa no SISAGUA, este será feito nos próximos dias, pois mandaremos para eles as fichas com todos os dados dos carros, tais como placa, nome do motorista, CPF, entre outras informações - garantiu o coordenador da operação no Ceará.

Conforme portaria do Ministério da Integração e do Ministério da Defesa, o Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro (Coter) é responsável pela execução do programa Operação Carro-Pipa, incluindo distribuição da água, contratação, seleção e pagamento dos pipeiros.

A Portaria 2.914 de 2011 diz que toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento, deve ser objeto de controle da vigilância da qualidade. E que esta vigilância deve ser promovida e acompanhada pelas Secretarias de Saúde dos estados.

MOSTRAS CONTAMINADAS
A situação preocupa, pois de acordo com o relatório da Comissão da Seca da AL-CE, o estudo, quando a SESA analisou 381 amostras de água de 28 municípios (os únicos que possuem carros-pipas cadastrados no sistema de informação e coletaram amostras), concluiu-se que 60% das amostras estavam contaminadas: 18% (70) com a bactéria Escherichia coli e 42% (160) com coliformes fecais.

O Ceará registrou, em 2013, um número elevado de casos de doenças diarreicas agudas. Municípios tiveram surtos do problema que está relacionado à qualidade da água que chega à população. Os dados da Sesa, apontavam que a estiagem é “relevante” na ocorrência de doenças diarreicas agudas (DDAs). No Ceará, foram confirmados cerca de 200 mil casos. Não há informação de óbitos, mas 14 municípios somaram 77 surtos.

Em cidades como Quixadá, a 200km da capital, 64 carros-pipa levam água para a população. Lá mora o agricultor Antônio César Alves, 43 anos, que apesar de não duvidar da qualidade da água, diz que muitas vezes pede ao pipeiro para que não adicione cloro.

- É que fica difícil para beber, o gosto fica forte e dá diarreia nas crianças e até nos adultos.
 
É recorrente a queixa de gosto forte e de diarréia pelos moradores (Foto: Marília Camelo)

Segundo a Secretaria municipal de Agricultura, cada vez mais tem se colocado mais pedras de cloro nos tanques dos carros-pipa, pois, a cada dia, está mais difícil encontrar água potável nos mananciais. De acordo com o órgão, o correto é uma pedra de cloro para cada sete mil litros, mas atualmente tem se colocado de três a quatro pedras.

Para o professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (Deha-UFC), Francisco de Assis de Sousa Filho, os cenários de seca hoje no país, que incluem tanto a escolha de soluções adequadas quanto a correta fiscalização dos mananciais, é resultado da carência de um plano de águas para a população rural difusa e um plano de secas com medidas claras.

- A seca é um fenômeno natural, mas com impactos sociais muito relevantes. Portanto, precisamos de planos que se adiantem à seca, que identifiquem e monitorem este processo. Pois hoje, seja no Nordeste ou no Sudeste, as ações para seca são definidas na própria seca - alerta.

Segundo Assis, hoje, no Brasil não existe um plano de águas para população rural difusa, e por não existirem, tanto a comunidade quanto o próprio governo aplicam dinheiro em medidas não tão eficientes.

Nos últimos 34 anos, houve 14 secas no Ceará. Em 2013, a quadra invernosa ficou 37,7% abaixo da média histórica do estado. O governo estadual investiu R$ 1,18 bilhão em Segurança Hídrica, bem como R$ 384,5 milhões na construção de 143.866 cisternas em todo o Ceará.

Fonte: O Globo.com  e site Miséria

Calça biônica para trabalhadores

Chairless Chair age como um suporte para trabalhadores cansados usarem a qualquer momento.

Sentar não vai te matar. Muito pelo contrário, é ótimo para descansar um pouco e bem importante. Para algumas pessoas, como trabalhadores de linhas de montagem, a ausência de uma cadeira para sentar se torna uma ameaça de saúde. É por isso que a Noonee desenvolveu a Chairless Chair, uma cadeira que você pode vestir.
Essencialmente, trata-se de um par de calças mecânicas. A Chairless Chair age como um suporte para trabalhadores cansados usarem a qualquer momento. Como ela não toca o chão - ela usa o quadril de quem veste para redirecionar o peso do calcanhar e do pé - aparentemente não atrapalha outras pessoas quando está em seu modo cadeira, podendo ser usada para andar normalmente ou até correr.
A ideia é do CEO da Noone, Keith Gunura, que trabalhou em uma fábrica de empacotamento no Reino Unido aos 17 anos. Como todas as boas ideias, ela nasceu do desejo eterno "de sentar em qualquer lugar e a qualquer momento", como Gunura explicou à CNN.
Em seu formato atual, a Chairless Chair de alumínio e fibra de carbono pesa cerca de 2kg, distribuídos ao longo da parte inferior do corpo. Assim, é "uma quantidade absurdamente baixa de esforço para carregar uma cadeira para qualquer lugar." E imagine quão fantástica seria se fosse motorizada. Por enquanto, ela é simples, e deve ser incorporada às fábricas da BMW e Audi ainda neste ano. Esperamos que chegue logo ao mundo dos consumidores finais. Esqueça jetpacks; o futuro é sobre se sentar em qualquer lugar.

Fonte: http://tecnologia.br.msn.com/gadgets/cal%C3%A7a-bi%C3%B4nica-tamb%C3%A9m-%C3%A9-uma-cadeira-que-voc%C3%AA-pode-vestir

terça-feira, 15 de julho de 2014

Novo formato do CAGED começa dia 12/08/2014 - Veja o que fazer

O M.T.E. divulgou nota no site www.caged.gov.br para informar que o Cagedinho - informação dos admitidos que estão recebendo o Seguro Desemprego - começa dia 12 de agosto, para as admissões entre os dias 01 e 12/08.


Para pesquisar se o trabalhador está recebendo o Seguro Desemprego o site é o www.maisemprego.mte.gov.br

A partir do dia 13/08 as admissões de quem está recebendo seguro desemprego devem ser informadas no mesmo dia. As demais admissões continuam a ser informadas até o dia 07 do mês seguinte.

Leia a seguir a Nota que está no site do CAGED. Embora meio complicada, acho que dá pra entender pelo que expliquei acima:


PORTARIA 768 DE 28 DE MAIO DE 2014 - NOVAS REGRAS PARA DECLARAÇÃO DO CAGED

Orientações:

1) Inicio do período da declaração: 12 de agosto de 2014

2) O que deve ser enviado: No dia 12 de agosto de 2014 deverão ser enviadas as Admissões antecipadas, de que trata a Portaria 768/2014, do período de 1 a 11 e agosto e do dia 12 de agosto de 2014.

A partir do dia 13 de agosto enviar as admissões no dia da admissão.

3) Como declarar: Utilizar o layout disponível já utilizado do CAGED,  disponível no endereço
https://granulito.mte.gov.br/portalcaged/paginas/layout/TL_layout.xhtml
 ou ainda pelos aplicativos ACI ou FEC. As demais orientações de preenchimento permanecem as mesmas.

IMPORTANTE: A admissão antecipada do trabalhador em percepção do Seguro-Desemprego SOMENTE deve ser enviada no mesmo dia da data de admissão após o trabalhador ter entrado EFETIVAMENTE em atividade.

4) Como consultar o trabalhador: Para a realização de consulta a situação de trabalhadores que estão requerendo ou em percepção do benefício Seguro-Desemprego os trabalhadores deverão acessar o sítio “maisemprego.mte.gov.br”, consulta “menu – Trabalhador”, na aba
“Seguro-Desemprego”.



Aguardem novas Informações!

Portal Gestão de Pessoas

PIS 2014


terça-feira, 24 de junho de 2014

Frentistas arriscam vida por falta de EPI's


Além de ficarem expostos aos assaltos e aos mais variados tipos de violência, os frentistas que trabalham em postos de combustíveis também estão vulneráveis a sérios problemas de saúde. No Cariri, tem sido comum o frequente descaso dos donos de postos com os utensílios de proteção obrigatórios para o exercício da profissão. Eles não só descumprem as legislações vigentes, mas colocam em risco a vida dos profissionais.

A morte recente de um frentista, ocasionada por intoxicação, deixou os profissionais da área preocupados com a constante exposição às substâncias. De acordo com o trabalhador Gustavo Almeida, o contato frequente com os solventes da gasolina costumam causar problemas de saúde. “Às vezes temos problemas respiratórios, neurológicos, gástricos, entre outros”, explica.

O empresário Arlindo Borges defende o uso dos materiais. “Vejo muitos postos em Juazeiro, Barbalha e Crato que não dão subsídios para o exercício seguro de seus funcionários. Eu prezo pela segurança dos meus frentistas. Trata-se de respeitar à saúde e a vida deles. Sempre faço manutenção nas bombas de gasolina, nunca utilizei substâncias adulteradas, disponibilizo de material de proteção e peço, sempre, a fiscalização do corpo de bombeiros para saber se tudo está dentro da conformidade legal”, declara.

De acordo com o assessor de comunicação Antônio José, do Sindicato dos postos de combustíveis do Ceará (Sindipostos), a entidade não tem como regra multar os postos, apenas orientar os associados sobre as leis vigentes e ensinar aos funcionários dos estabelecimentos a manusear os testes obrigatórios de combustíveis. “Vamos identificar os males e ajudar a consertar a adversidade para que os proprietários não sejam multados pela Associação Nacional do Petróleo (ANP), Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace), Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Agência Nacional de Saúde (ANS), Inmetro, dentre outros”, finaliza.

Fonte: Jornal do Cariri e Site Miséria

terça-feira, 17 de junho de 2014

Juazeiro do Norte-CE: Morre no HRC frentista intoxicado por derivados de petróleo

Demontier Tenório
(Foto: Ilustrativa)
Por volta do meio dia desta segunda-feira morreu em um dos leitos do Hospital Regional do Cariri (HRC) em Juazeiro do Norte, o frentista Raimundo Nonato Mascarenhas Xavier, de 53 anos. Ele residia na Rua Assis de Melo, 238 (Bairro Muriti) em Crato e estava internado há algumas semanas por conta de uma intoxicação crônica causada por produtos químicos derivados de petróleo.

Durante muito tempo, Raimundo Nonato trabalhou como frentista em postos de combustíveis daquela cidade. Ultimamente apresentava quadros de tosse, dificuldade respiratória, confusão mental, taquicardia, náuseas e vômitos. Normalmente, a falta de cuidados nessa atividade profissional evolui para uma doença chamada pneumonite química por aspiração. O corpo dele foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Juazeiro.

PESQUISA – Uma recente pesquisa feita pela Universidade de São Paulo detectou que frentistas de postos de gasolinas estão sujeitos, também, a perdas visuais, principalmente na capacidade de discriminar cores, por conta da exposição aos solventes existentes na gasolina. Uma situação que, as vezes, passa despercebida nos exames oftalmológicos convencionais. Os frentistas têm contato diário com solventes da gasolina como benzeno, tolueno e xileno, e não há um controle normativo forte.

Na região do Cariri, é comum ver tais profissionais sem fazerem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Alguns postos não possuem enquanto, noutros, o proprietário não exige ou o funcionário não costuma usá-los sem imaginar futuros problemas de ordem neurológicos e respiratórios. De acordo com estudos, não existem parâmetros de segurança para a exposição à mistura de substâncias presentes na gasolina.

Fonte: http://miseria.com.br/?page=noticia&cod_not=122589