quinta-feira, 7 de junho de 2012

Empresas: porque investir em qualidade de vida

Autor: Caio Lauer



Há tempos o conceito de saúde empresarial não se limita apenas a benefícios de assistência média ou odontológica. Manter uma companhia saudável vai muito além disto e fatores como clima organizacional e qualidade de vida são primordiais para manter os profissionais satisfeitos e produtivos.

Atualmente, existe investimento neste sentido por parte das empresas, mas ainda não foi atingido o nível ideal. A maioria das ações ainda partem das grandes multinacionais e de áreas de Recursos Humanos mais estruturadas, mas o cenário vêm mudando. Pequenas e médias corporações vêm absorvendo o conceito de saúde corporativa e perceberam que hoje, para manter pessoas felizes com o trabalho, devem oferecer algo a mais que o retorno financeiro. Medidas pequenas, mas que surtem efeito, como salas de descanso, cursos e palestras com temas pertinentes à qualidade de vida, entre outros benefícios, estão cada vez mais presentes nas organizações.

“O profissional se tornou mais exigente na hora de escolher um bom lugar para trabalhar e empreender sua carreira. Acabaria então a história do funcionário vender a sua saúde simplesmente por salário. As pessoas estão mais exigentes”, opina Valdecir Moreira Soares, Consultor em Segurança do Trabalho e Qualidade de Vida da MQV Consultoria em Qualidade de Vida e RH. Para ele, o desenvolvimento de relações interpessoais baseados na ética e na justiça promete ser um marco na vida do trabalhador do século XXI, que terá o prazer no trabalho como o principal requisito do profissional bem sucedido, elevando assim sua autoestima e a qualidade de vida.

O excesso de funções dos profissionais é um dos principais fatores que influenciam na saúde de uma corporação. O desgaste físico e mental faz com que a motivação e a produtividade caiam no rendimento. A empresa precisa despertar o interesse e preocupação de seus líderes para este objetivo. Muitos profissionais de diretoria e gerência ainda não possuem esta visão, focando seus esforços apenas em metas e resultados. “O Recursos Humanos tem uma função muito importante dentro deste conceito de qualidade de vida. É por meio de ações focadas em cada perfil de colaborador ou equipe, que o RH irá conseguir atingir a satisfação e felicidade de cada indivíduo – dentro de cada empresa existem diversas culturas e cabe ao RH identificá-las e oferecer benefícios e atividades para cada uma delas”, explica Edson Rufo, Consultor de Qualidade de Vida, Saúde Empresarial e palestrante.

O grande desafio das empresas é estimular os profissionais a terem melhor qualidade de vida dentro e fora das organizações. A motivação para este intuito deve ser contínua e apoiar os funcionários a internalizar as boas práticas, por meio de estímulos e experimentação de atividades que corroboram o seu estilo de vida saudável, é essencial. Segundo Valdecir, é muito comum, as companhias incluirem a participação de familiares e amigos nas atividades, pois assim “o conceito é amplamente divulgado, aumentando a capacidade de reação e motivação”.

Organizações que não possuem a mentalidade da qualidade de vida perdem muito e os resultados negativos ficam evidentes. Estas perdem a oportunidade de estimular os seus colaboradores a serem resilientes, mais produtivos e melhores na gestão individual da saúde. A rotatividade de pessoas também cresce, aumentando todos os encargos da corporação. “A empresa só alcança o sucesso com a satisfação de seus colaboradores. Proporcionar qualidade de vida e um ambiente saudável para trabalhar devem ser objetivos prioritários das companhias”, conclui Rufo.

Fonte: Portal Gestão de Pessoas

Nenhum comentário:

Postar um comentário